Há vários índices inflacionários no Brasil que são utilizados para medir a evolução dos preços em um determinado setor ou segmento da economia. Eles são importantes, pois por meio deles sabemos se a economia está aquecida, isto é, se houve um aumento no consumo, ou desaquecida, com uma redução do consumo.
E dentre os vários índices inflacionários, você já ouviu falar do IGP-M?
Seu acompanhamento é muito importante, e por isso, neste texto vamos explicar seu conceito e o reflexo dele no seu dia a dia.
O que são índices inflacionários?
Os índices inflacionários mostram as variações nos preços e o impacto que essas variações têm no bolso da população. A inflação, que é o aumento generalizado nos preços, corrói o poder de compra das pessoas, pois com o aumento dos preços fica mais difícil adquirir um produto ou serviço, e por isso, a capacidade de compra fica reduzida.
Por exemplo, você deseja comprar uma geladeira que custa R$ 2.000,00, após 4 meses economizando e poupando você vai até a loja para realizar sua compra. Mas, devido à inflação, a geladeira que você queria comprar está agora sendo vendida por R$ 2.250,00. Como o preço aumentou você não consegue mais comprar a geladeira, e é por isso que dizemos que a inflação reduz o poder de compra.
Os principais índices inflacionários são:
– IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo);
– INCC (Índice Nacional de Custo da Construção);
– IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado);
– IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo);
– IPC (Índice de Preços ao Consumidor).
Eles são importantes pois medem a oscilação dos preços na economia. A diferença entre eles está na instituição responsável por calculá-los, os períodos de apuração e divulgação e na metodologia de cálculo.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) é responsável por calcular e divulgar o INCC, IGP-M, IPA e o IPC e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA.
Mas o que é o IGP-M?
IGP-M significa Índice Geral de Preços do Mercado, e é apurado do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês atual. Por exemplo, dia 21 de fevereiro ao dia 20 de março. Além do IGP-M, a FGV faz mais duas apurações durante o mês, sendo elas:
- Do dia 11 do mês anterior ao dia 10 do mês atual, resultando no IGP-10;
- E, do primeiro ao último dia útil do mês chamado de IGP-DI.
O IGP-M é composto por três outros índices inflacionários:
– 60% IPA (Índices de Preços ao Produtor Amplo);
– 30% IPC (Índices de Preços ao Consumidor);
– 10% INCC (Índice Nacional de Custo da Construção).
A maior parte da sua composição vem do atacado, por isso os custos das empresas e indústrias influenciam bastante no índice. Mas, produtos que nós consumimos no dia a dia, como alimentação, vestuário, material escolar e até passagens de ônibus também entram nesse cálculo, pois fazem parte do IPC, que são os custos dos produtos e serviços que as pessoas têm. E por fim, as variações nos preços nos materiais, equipamentos, serviços e mão-de-obra do setor da construção civil finalizam a composição, em uma menor proporção.
Qual a utilização do IGP-M no mercado financeiro
O IGP-M assim como todo índice inflacionário, além de mostrar como estão os preços em um determinado setor e período, também remuneram ou reajustam um determinado valor. Grande parte dos contratos de aluguéis e alguns financiamentos imobiliários são reajustados pelo IGP-M.
Em relação ao reajuste dos contratos dos aluguéis, imagine que uma pessoa tenha um valor de aluguel de R$ 800,00 e passado 1 ano de locação o proprietário ou a imobiliária o procura informando que o valor do aluguel contratado inicialmente será reajustado pelo índice utilizado para este fim, que no caso é o IGP-M. Se no período de reajuste do aluguel, o IGP-M dos últimos 12 meses ficou em 12% o cálculo a ser feito é R$ 800,00 + 12%, resultando em um novo valor de aluguel de R$ 896,00.
E este é um dos motivos da importância de conhecer e entender o IGP-M, e analisar o quanto o seu aumento impacta o orçamento doméstico e verificar a vantagem de se adquirir um imóvel.
Mas como se preparar para o aumento desse índice?
Junto com todo esse conhecimento é fundamental ter controle do orçamento doméstico, sabendo exatamente todas as entradas e saídas de dinheiro e sempre investir uma parte da renda. Esse valor investido o ajudará na formação de uma reserva, para que você possa dar entrada no seu imóvel e sair do aluguel definitivamente.
E com todas as informações disponibilizadas pelo Programa de Educação Financeira da Vitta, o Meu Pé de Meia, através das nossas redes sociais e na consultoria financeira, você estará preparado financeiramente para comprar seu imóvel, e também com conhecimento de como funciona o mercado imobiliário.