De recompensa por um feito a troco de bala para guardar no cofrinho. Essas costumam ser as primeiras relações que temos com dinheiro na infância. Mas você sabia que é possível (e importante) dar educação financeira infantil para os seus filhos? Trata-se de uma série de incentivos, ações e informações que se pode dar às crianças desde cedo para que elas tenham responsabilidade e maturidade para lidar com dinheiro da infância à vida adulta.
Neste texto, vamos dar dicas para ressaltar a importância do dinheiro, como poupá-lo, a aplicação do chamado 5 R’s do consumo e muito mais.
Tudo para o seu filho ser responsável e maduro nas suas escolhas e evitar problemas financeiros ao longo da vida. Interessado nessas lições? Então continue lendo e aplique já na sua casa!
Qual é a importância da educação financeira infantil?
O principal objetivo da educação financeira infantil é promover conhecimento para que as crianças aprendam a fazer escolhas conscientes no que se refere ao dinheiro e sejam capazes de administrar seus recursos.
É você ir conscientizando o seu filho, com ações e linguagem própria, que a moeda de “troca” da vida adulta é o dinheiro, que é preciso esforço e trabalho para conseguir essa recompensa e, sempre que possível, e preciso poupá-lo para projetos futuros ou emergências.
Como aplicá-la na educação dos meus filhos?
Veja agora cinco boas práticas para colocar em ação com seu filho, de maneira fácil, objetiva e simples. São ações como dar mesada para que ele possa administrar seu próprio dinheiro, seja capaz de decidir sobre os gastos da casa e muito mais. Confira!
Troque os presentes por uma mesada
Todo mundo adora dar presentes para os filhos, um mimo para mostrar que o pequeno é amado e lembrado. Mas que tal dar também responsabilidade financeira e trocar esses agrados por uma mesada?
Faça a proposta para o seu filho dizendo-lhe que já está na hora de ele ter seu próprio dinheiro para comprar as coisas que deseja, mas que deverá ter maturidade para regular seus gastos.
Que não poderá gastar tudo em um primeiro momento e recorrer a você para socorrê-lo se precisar, e que o objetivo é justamente saber se ele já é maduro o suficiente para administrar valores, fazer suas escolhas e ficar satisfeito (ou não) com elas. É criar a lógica da responsabilidade financeira na cabeça da criança.
Incentive bons hábitos
Agora que seu filho já tem um pequeno montante para administrar, que tal incentivá-lo a cultivar bons hábitos com o próprio dinheiro? Ele tem um objetivo de gasto em mente a curto prazo? Não? Então, incentive-o a guardar o dinheiro para quando algo surgir ou para investir na compra de algo maior, mais representativo!
Entra aqui a ideia do bom e velho cofrinho para poupar na ausência de compras e para ser a reserva ainda que de pequenas quantias para o futuro. Sim! Ensine seu filho a ter um fundo emergencial desde cedo. Nem que seja pouquinho, mas incentive-o a guardar uma parte do que ganha para ele ter sempre algum dinheiro guardado.
Outra ideia bacana é incentivá-lo a anotar os gastos, fazer um registro. Assim, ele começa a prestar a atenção nos seus próprios hábitos de consumo, saber quanto gasta, se está satisfeito com isso ou se pode reduzir custos e investir em coisas mais interessantes: que tal deixar de comprar um pacote de biscoito todo dia para investir em um brinquedo ou jogo que ele está a fim? São ideias que você pode ajudá-lo a ter para dar fins mais interessantes para o seu dinheiro.
Apresente os 5 R’s do consumo
Alguém com seu próprio dinheiro, aprendendo a fazer suas próprias escolhas (e tendo que lidar com elas) tem que começar também a fazer o chamado exercício dos 5R’s do consumo consciente:
- refletir: ensinar a criança a pensar sobre aquilo que ela quer consumir. Ela realmente precisa comprar aquilo? Para quê? A compra pode esperar?
- recusar: a reflexão leva muitas vezes à recusa. Se eu não preciso daquilo agora, se não tenho urgência, não vou comprar! Vou poupar e evitar o consumo só pelo consumo;
- reduzir: a ideia de ter o próprio dinheiro pode parecer mágica e dar vontade de comprar tudo. Mas o objetivo aqui é educar para um consumo consciente, do que é necessário e reduzir o consumismo desenfreado;
- reutilizar: na lógica da redução, vale, muitas vezes, ensinar o pequeno a reutilizar coisas que ele já tenha, e a poupar o dinheiro com uma compra desnecessária;
- reciclar: um mundo moderno, com recursos finitos, pede cidadãos conscientes da sua escolha até o fim. Você é responsável pelo que compra, utiliza e “joga” fora! Aqui entra o conceito de reciclar, ser o responsável até o fim, e até ganhar dinheiro com isso.
Comente sobre o “poder do tempo”
Crianças costumam ser imediatistas e a querer tudo para já! Mas na lógica da educação financeira, vale reforçar que esperar e dar um tempo é sempre o melhor remédio:
- poupar para adquirir algo faz a conquista mais saborosa;
- esperar para saber se quer mesmo comprar algo nos livra de riscos desnecessários;
- ter paciência para atingir um objetivo e perceber que é capaz de fazê-lo.
Em todos esses exemplos estão o valor do tempo e do quanto ele pode ser poderoso nas nossas finanças.
Inclua os pequenos em decisões financeiras da casa
Agora que seu filho já tem uma noção de como funciona a lógica do dinheiro, que tal incluí-lo nas decisões de compras da casa? No supermercado, por exemplo, mostre a diferença de preços de um mesmo item e como é possível economizar. Se a criança for um pouco maior, mostre a faixa de consumo da conta de luz e mostre como é importante diminui-la para que vocês possam investir a grana economizada em outra coisa.
Seu pequeno vai aprender que nada “cai do céu”, e que você faz muito esforço para manter sua casa confortável para ele.
Qual a diferença entre dinheiro e valores?
A ideia com essas dicas é que a criança possa aprender a lidar com o dinheiro de forma simples, natural e consciente. Que possa aprender que ele é importante, ajuda a conseguir coisas, mas que não é tudo. O valor das coisas vai além do preço da etiqueta e que não precisamos de muitas coisas materiais para sermos felizes.
Como vimos, a educação financeira infantil deve ser incentivada desde cedo para que seu filho aprenda a ter hábitos saudáveis em relação ao dinheiro.
Com ideias simples, como ensinar a poupar, a gastar com sabedoria e até a recusar um consumo que não se necessita, você pode construir um cidadão melhor, mais consciente e menos endividado no futuro.
Agora que você já sabe tudo sobre educação financeira infantil, que tal conhecer lições de educação financeira para todos com o projeto “Meu Pé de Meia” da Vitta Residencial.