Muitos brasileiros fazem empréstimos de longo prazo para adquirir o tão sonhado imóvel. Mesmo sendo uma opção comum de compra, saiba que existe a possibilidade de você ter o financiamento aprovado e depois negado pela instituição financeira.
Ninguém quer passar por isso, certo? Se você está lidando com a situação ou quer evitá-la a todo custo, chegou ao lugar certo. Vamos abordar as principais causas de reprovação dos pedidos, o que pode ser feito nesses casos e quais ações aumentam as chances de sucesso.
Continue a leitura e tire suas principais dúvidas sobre o assunto!
O que está por trás do financiamento aprovado e depois negado?
Antes de começar, saiba que todos os bancos realizam uma análise aprofundada dos perfis interessados em financiar imóveis. Eles precisam saber se a pessoa conseguirá arcar com as prestações por longos períodos, visto que muitos desses processos podem durar anos e comprometer uma boa parte da renda.
É comum, portanto, que as instituições financeiras façam uma verdadeira varredura dos dados relacionados ao cliente. O principal documento avaliado é o CPF para identificar se está com cadastro negativo em órgãos como Serasa e SPC. O número também permite verificar o atual score de crédito do indivíduo.
Após a observação minuciosa é que ocorre o retorno ao cliente. Veja abaixo as principais razões para ter o financiamento aprovado e depois negado.
Renda incompatível
A entrada no financiamento exige comprovação da capacidade financeira para pagar as parcelas em dia. Como não é possível ultrapassar 30% da renda mensal, muitos clientes decidem completar o valor com os ganhos de outra pessoa (geralmente os cônjuges).
Assim, alguém que ganha R$ 2000,00 só poderá comprometer R$ 600,00 ao mês para investir em um imóvel. Se o orçamento do comprador não for suficiente para o tipo de empreendimento desejado, seu pedido poderá ser negado. O ideal é fazer simulações para ter uma base do quanto você vai gastar no processo.
Histórico de score baixo
Outra causa possível para negar um pedido de financiamento é baixa pontuação de score. De acordo com a SERASA, esse valor pode variar de 0 a 1000 pontos e, quanto mais próximo do 0 ele estiver, menos chances o indivíduo tem de obter acesso a créditos de todos os tipos.
Valores entre 300 e 700 pontos são considerados de risco médio, ao passo que aqueles entre 700 e 1.000 apontam um risco baixo de inadimplência. Mesmo que o seu nome esteja limpo, o banco saberá se houve atraso em algum pagamento no passado (bem como a inscrição no cadastro de inadimplentes) e poderá considerar isso na análise.
Problemas com a Receita Federal
Você pode ter o financiamento aprovado e depois negado se tiver alguma questão pendente com a Receita Federal ou com o INSS, por exemplo. Lembre-se de que o bancos têm acesso a uma série de dados e ocorrências com base em sua documentação.
Em todo caso, fica a recomendação de manter as suas obrigações fiscais sempre em dia, a fim de evitar imprevistos e atrasos na resolução de problemas. Isso inclui o pagamento de tributos nos prazos e a realização das declarações de Imposto de Renda.
Registro no cadastro de inadimplentes
Como já deve ter percebido até aqui, o registro no cadastro de inadimplentes (popular nome sujo) está entre as principais causas para a recusa do financiamento. Inclusive, é importante que nenhuma pessoa envolvida no processo tenha restrições no SPC, SERASA e no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos.
CPFs registrados no cadastro de inadimplentes indicam que as obrigações financeiras não serão cumpridas, deixando os bancos desinteressados em oferecer empréstimo. Nesses casos, a chance de reprovar o pedido de primeira aumenta consideravelmente.
Participação em outro financiamento
Se pensar que uma parcela considerável da renda será destinada ao financiamento, você dificilmente conseguirá manter duas modalidades ativas ao mesmo tempo.
Ou seja, se uma pessoa já financia algo em seu nome, é provável que terá a solicitação de crédito negada pelos bancos. Lembrando que, geralmente, o montante destinado à compra do imóvel não pode ultrapassar 30% dos ganhos mensais.
Quais ações você deve tomar se essa situação acontecer?
Como pôde ver, existem muitas razões por trás do cancelamento de um empréstimo. Então, a primeira coisa a fazer é entender por que você teve o financiamento aprovado e depois negado pelo banco. Pense que cada caso é único e pode envolver apenas um fator ou a combinação de vários deles.
Lembre-se de que o banco deve informar ao cliente os motivos que levaram à reprovação do pedido. Trata-se de um direito garantido no Código de Defesa do Consumidor, portanto, não deixe de solicitar explicações caso a recusa acontecer. Isso permitirá o planejamento das próximas ações para resolver a situação quanto antes.
Se o retorno da instituição apontar renda incompatível, por exemplo, você pode considerar a possibilidade de compor o montante com os ganhos de um cônjuge ou filho para incrementar o orçamento. Assim, basta fazer uma nova solicitação para o cenário ser avaliado com base na composição de uma nova fonte de renda.
Vale dizer que algumas condições são mais difíceis de resolver. É o caso de pessoas que estão com o nome sujo, ou seja, devendo valores para outras instituições. Os bancos tendem a ser mais exigentes com esses perfis e evitam arriscar o empréstimo de grandes valores. Alguns só liberam o financiamento após a quitação das dívidas.
O principal cuidado, então, é manter as contas em dia e combater a inadimplência antes de buscar uma proposta junto aos bancos. Se achar necessário, renegocie os valores devidos para facilitar o pagamento e resolver as pendências. Quando já tiver uma solução em mente, procure encaminhá-las aos interessados.
Como evitar que o pedido seja reprovado pelas instituições?
Um bom planejamento é o caminho para não ter que lidar com financiamento aprovado e depois negado. Ele consiste em rever hábitos de consumo, acompanhar as movimentações das contas, cortar gastos supérfluos e montar uma reserva de emergência para lidar com imprevistos que gerem despesas.
Junto a isso, você precisa se certificar de que está com o nome limpo e a documentação em dia. Qualquer incoerência pode prejudicar sua imagem perante as instituições financeiras e atrasar o acesso ao crédito. Então, antes de solicitar algum tipo de empréstimo, procure regularizar situações pendentes.
Outro ponto de atenção, que evita surpresas desagradáveis, é investir nas simulações. Muitos bancos permitem fazer cálculos de acordo com sua renda e o tipo de imóvel desejado. Assim, você consegue ter uma base de quanto deve poupar e consegue prever ações que ajudem a alcançar seus objetivos.
Em resumo, siga um estilo de vida equilibrado e com foco no que realmente importa. Aos poucos, com organização financeira e os aprendizados obtidos nessa caminhada, você certamente terá sucesso. A meta é dizer adeus a qualquer cenário que envolva financiamento aprovado e depois negado.
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