Para quem deseja comprar um imóvel e não tem condições de desembolsar o preço total à vista, a melhor opção é um financiamento. No entanto, essa modalidade requer um valor de entrada que envolve um percentual da quantia total do imóvel.
Para isso, é possível utilizar o FGTS que impõe algumas regras, assim como o subsídio do Governo Federal chamado Programa Casa Verde Amarela — financiamento que facilitou a conquista do imóvel próprio, sendo necessário que o comprador se enquadre em algumas das faixas salariais previstas no programa.
Neste post, vamos falar sobre o valor de entrada de um imóvel e outras informações que abrangem o assunto. Continue a leitura!
O que significa taxa de entrada, valor do financiamento e saldo devedor?
A taxa de entrada é um valor percentual que deverá ser pago pelo comprador no ato da compra. A quantia é calculada com base no preço total do imóvel. Para isso, é possível utilizar os recursos do FGTS, respeitando-se as normas do SFH (Sistema Financeiro de Habitação).
O total do financiamento é a diferença que ficou entre o valor inteiro do imóvel e o da entrada. É a quantia que o Banco aprovou de crédito para ser financiado. Esse montante é somado à quantia da entrada já paga.
O saldo devedor, por sua vez, será o restante que o comprador ainda tem para pagar de acordo com o contrato. No entanto, ele pode variar com o tempo e a incidência das correções, como juros, multas, indexadores, entre outros.
Vale lembrar que a compra de um imóvel envolve o pagamento de algumas taxas, como ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) e o valor da Tarifa de Avaliação de Bens, que podem, dependendo do banco escolhido, ser também financiadas.
Como calcular a taxa de entrada?
Existem algumas dúvidas sobre como calcular a taxa de entrada na compra de um imóvel por financiamento imobiliário. Isso porque ela pode variar muito, dependendo também do Banco. No mercado, esse valor fica entre 20% e 40% do valor total da propriedade.
Em algumas situações, esse percentual pode ser mais baixo, como no caso de financiamentos para servidores públicos. Mas no geral, costuma-se pedir 30% do valor total do imóvel.
Além disso, o valor das parcelas do financiamento não pode ultrapassar 30% da renda mensal do comprador ou de sua família. Por isso, é essencial buscar apenas unidades que tenham a ver com o seu perfil financeiro.
Como calcular esse valor?
Como exemplo podemos citar um imóvel no valor de R$ 300.000. Nesse caso, o valor da entrada será de R$ 90.000. É importante ressaltar que, mesmo que você já tenha esse valor, a quantia das parcelas têm um limite baseado na sua renda mensal, não podendo ser superior a 30%.
Se sua renda mensal ou de sua família for, por exemplo, de R$ 7.000,00, você poderá pagar uma mensalidade de até R$ 2.100,00. Ou seja, a parcela do financiamento não poderá ser superior a esse valor.
Como se preparar para um financiamento imobiliário?
Apesar de ser um percentual do valor total, ainda assim juntar o valor de entrada requer um planejamento, pois para algumas famílias é uma quantia alta que deverá ser paga à vista.
Diante disso, é essencial a mudança de hábitos, como evitar gastos supérfluos, mesmo que você já tenha parte da entrada, como por intermédio do FGTS. Pois, essa decisão da compra do imóvel exigirá alguns gastos a mais, e uma reserva trará tranquilidade.
Veja algumas dicas!
Poupe com muita antecedência
A primeira coisa a fazer quando se pensa em comprar um imóvel é poupar dinheiro. Ter uma reserva ou mesmo começar a juntar para a entrada é uma prática comum, visto que são muitos gastos envolvidos.
Uma boa forma de se preparar é imaginar um gasto mensal e guardá-lo todo mês em uma conta, na poupança ou aplicando em algum investimento com poucos riscos. Qualquer recurso será sempre bem-vindo, mesmo que você já tenha o valor da entrada.
Use o FGTS
Para quem não tem a quantia da entrada, uma das opções é recorrer ao FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). É um hábito comum entre os brasileiros, principalmente aqueles que têm muitos anos de contribuição.
Para consultar o saldo, basta baixar o app da Caixa Econômica — Aplicativo FGTS ou ir a uma agência da Caixa Econômica Federal com os documentos em mãos, que são RG, CPF e carteira de trabalho.
Após tomar conhecimento sobre o valor ao qual você tem direito é hora saber se preenche os requisitos do perfil para realização do saque. Veja quais são:
- ter contribuído por, pelo menos, 3 anos, mesmo que não seguidos, com carteira assinada em uma ou mais empresas.;
- não ter imóveis em seu nome na cidade onde mora e trabalha;
- não ter financiamentos imobiliários em aberto no SFH (Sistema Financeiro de Habitação);
- não ter feito saque no FGTS nos últimos três anos para uso em outro Financiamento Imobiliário.
Financie a entrada
Algumas construtoras oferecem mais facilidades na compra do imóvel próprio, como permitir também o financiamento do valor da entrada, ou seja, você não precisa desembolsar 20% ou 30% do total da propriedade.
Essa opção é comum em casos de imóveis na planta e permite que a entrada seja facilitada até a entrega das chaves, podendo ser dividida por até 36 meses.
Apesar da quantia de entrada representar muita preocupação entre as pessoas que desejam comprar um imóvel, é importante ter conhecimento acerca de outros custos que envolvem o processo, como emissão de certidão, seguros, ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) e taxas de registro.
Como você pôde observar neste conteúdo, é possível parcelar o valor de entrada na compra de um imóvel. No entanto, isso vale se você comprar uma unidade ainda na planta. Dessa forma, a entrada será financiada pelo número de meses que levará até o recebimento das chaves. O que você pagaria à vista, poderá pagar em várias vezes.
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